O Dia Mundial da Alimentação celebra-se todos os anos, desde 1981, a 16 de outubro. Nesta data do ano de 1945, foi fundada, no Quebec (Canadá), a FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Esta organização tem como missão aumentar os níveis de nutrição e a qualidade de vida, melhorar a produtividade na agricultura e as condições de vida das populações rurais. Desde a sua criação, a FAO tem trabalhado para atenuar a pobreza e a fome, promovendo o desenvolvimento agrícola, uma melhor alimentação e a segurança alimentar.
Água é vida, água é alimento. Não deixar ninguém para trás é o tema de 2023, que visa chamar a atenção para a importância deste recurso precioso e finito, assim como, promover ações efetivas que garantam um futuro para a alimentação, as pessoas e o planeta. Juntos, podemos criar um futuro alimentar mais sustentável para todos.
É essencial não ver a água como garantida e começar a melhorar a forma como a usamos nas nossas vidas quotidianas. O que comemos e como esse alimento é produzido afetam a água. Podemos fazer a diferença escolhendo alimentos locais, sazonais e frescos, desperdiçando menos – até mesmo reduzindo o desperdício de alimentos e encontrando formas seguras de reutilizá-los, evitando a poluição da água. A água é essencial para a vida na Terra. Representa mais de 50% do nosso corpo e cobre cerca de 71% da superfície da Terra. Apenas 3% da água é doce, adequada para beber, para a agricultura e a maioria dos usos industriais.
A agricultura é responsável por 72% das captações globais de água doce, mas, como todos os recursos naturais, esta não é infinita. Atualmente, 2,4 mil milhões de pessoas vivem em países com dificuldade de acesso a recursos hídricos. Cerca de 600 milhões de pessoas dependem, pelo menos parcialmente, dos sistemas alimentares aquáticos para viver e estes estão a sofrer gravemente sob os efeitos da poluição, da degradação dos ecossistemas, das práticas insustentáveis e das alterações climáticas. É tempo de começar a gerir a água com sabedoria. Precisamos de produzir mais alimentos e outros produtos agrícolas essenciais com menos água, garantindo que esta seja distribuída de forma equitativa, que os nossos sistemas alimentares aquáticos sejam preservados e que ninguém seja deixado para trás.