Parece ser hoje em dia consensual que não se nasce empreendedor. Podemos, sim, herdar algumas características que certamente nos ajudarão nas nossas incursões pelo mundo dos negócios. É também certo que muitos empreendedores se revelam muito precocemente (durante a infância e juventude) destacando-se pela sua capacidade de liderança, competitividade ou “jeito” para os pequenos negócios. Contudo, está ao alcance de qualquer um tornar-se empreendedor. Exige-se trabalho, força de vontade e um profundo conhecimento de si próprio.
As alunas dos Cursos Profissionais Técnico Comercial e Administrativo, 3GH, este ano de conclusão decidiram mostrar a capacidade de iniciativa, as ideias e a sua concretização na exposição que realizaram na Biblioteca Escolar.
No décimo ano construíram a mascote dos cursos com materiais essencialmente recicláveis – Boneca Máquina de calcular – também em articulação com o Projeto de Cidadania. Realizaram, também, a árvore de Natal com cápsulas de café. Também no final do ano letivo participaram na Festa da Cereja, em parceria com o CLD´S, e inventaram o sumo de cereja – A Cerejada.
No décimo primeiro ano e, pela primeira vez, realizaram quadros com a técnica “Quilling”. Mostraram à comunidade educativa, na Feirinha de Natal, diversos quadros para decoração da casa e até do local de trabalho. Deslocaram-se ao Centro Escolar para mostrarem à turma do 1.º ano, da professora Paula Basílio, as fases do processo produtivo da Cerejada do 2GH. Participaram novamente na Festa da Cereja.
No presente ano letivo mostram à comunidade educativa todos os trabalhos realizados até ao momento. Para este Natal construíram árvores de Natal com bases em círculos de madeira e decoradas com pérolas coloridas. Também realizaram anjos para decoração da árvore de Natal.
A maior parte destas alunas demonstram capacidade de trabalho, criatividade e resiliência. Estas caraterísticas empreendedoras identificam um conjunto de aspetos que lhes são muito próprios:
1. Os empreendedores são peritos em identificar, explorar e comercializar oportunidades.
2. São exímios na arte de criar (novos produtos, serviços ou processos).
3. Conseguem pensar “fora do quadrado”: a maioria das pessoas, por temer o insucesso e ser avessa ao risco, tem dificuldade em considerar novas formas de abordar problemas e perspetivar a realidade. Quem o consegue fazer beneficia de uma enorme vantagem na deteção de novas oportunidades.
4. Pensam de forma diferente: os empreendedores têm uma perspetiva diferente das coisas; adivinham problemas que os outros não vêm ou que ainda nem existem; descobrem soluções antes mesmo de outros sentirem as necessidades.
5. Vêm o que outros não vêm: o empreendedor vê oportunidades que escapam aos outros, ou a que os outros não atribuem relevância.
6. Gostam de assumir riscos: acreditam nos seus palpites e seguem-nos.
7. Os empreendedores competem consigo próprios e acreditam que o sucesso ou fracasso dependem de si. Na sua maioria não desistem e nunca param de lutar pelo sucesso.
8. Aceitam o insucesso: embora nenhum empreendedor goste de falhar, sabe que a possibilidade de fracassar é inerente ao risco que qualquer atividade empreendedora comporta. O insucesso é encarado como uma possibilidade de aprender e evoluir e previne futuros fracassos.
9. Observam o que os rodeia: a grande maioria das ideias e inovações bem-sucedidas foram desenvolvidas a partir de uma realidade próxima ao empreendedor – no âmbito profissional, familiar, de lazer.
10. Os empreendedores nunca se reformam. Serão sempre empreendedores.
O Clube do Empreendedorismo