Segue a criação textual do Martim Oliveira Bernardo que mereceu uma menção honrosa, na modalidade “Texto Original”, no concurso nacional “Uma Aventura… Literária 2023”, promovido pela Editorial Caminho.
Muitos parabéns, Martim, e a continuação de muitos sucessos!
A coragem de três amigos
Numa manhã de primavera, num dia quente e ensolarado, numa floresta grande e muito verde, três amigos vagavam nela. Eram o João, o Gabriel e o José. Estavam muito felizes, pois iam visitar um castelo cujo rei, D. Heitor, era adorado por todos.
Os três amigos iam festejar o aniversário do rei. Enquanto caminhavam, começaram a ouvir gritos vindos de toda a parte. Pensaram que algo se passava mas, como a floresta era habitada por seres desconhecidos, eles não ligaram. Mais à frente, repararam que havia crateras gigantes no chão.
– Deve ser algum monstro! Acho que devemos parar por aqui – gritou o José.
– Não é preciso – disse o Gabriel – Ontem choveram meteoros… Não viste as notícias?
– É verdade! Vamos continuar.
Após caminharem por algum tempo, ouviram mais gritos e estes vinham acompanhados por um grande barulho.
– Olhem para o céu! – Gritou o João. – Estão bolas de fogo a cair. É melhor abrigarmo-nos!
Todos começaram a procurar um abrigo, até que encontraram uma caverna, onde permaneceram durante uma hora.
Quando tudo acalmou, eles continuaram o seu percurso até que um homem os parou, dizendo:
– Cuidado! Mais à frente, há um monstro que está a tentar destruir o castelo.
Como eram corajosos, foram ver o que se passava. A cada passo dado, ficava mais quente. Chegaram a uma altura em que só nobres e valentes cavaleiros conseguiriam aguentar.
De repente, viram algo parecido com um dragão que sobrevoava e atacava o castelo. Quando lá chegaram, viram o rei à janela, desesperado e a berrar:
– Ajudem! Ajudem!
Os três corajosos amigos, para tentarem descobrir o que se passava, perguntaram ao ser misterioso:
– O que se passa, para estares a destruir o castelo?
– Não como há três dias!
Correram, então, para o interior do castelo, passando por uma luta que predominava entre os cavaleiros do rei e o dragão. Foram, de imediato, à cozinha onde pediram aos cozinheiros todos os mantimentos disponíveis. Depois, procuraram os canhões e colocaram lá a comida. A seguir, pediram aos cavaleiros que a atirassem para a boca dele. Quando o dragão ficou saciado, fugiu e nunca mais voltou.
Foi assim que a coragem de três jovens ganhou a paz para o povo e para o rei. E viveram todos felizes para sempre.