Bem, por onde havemos de começar?… Após tantos dias de espera, após tantos meios variados de angariação de fundos, finalmente, o dia chegou… Tudo começou na noite de quinta-feira, dia 21 de abril.
Autocarro pronto, nervosismo coletivo e um sentimento de excitação pairava no ar no momento da partida de Resende. Para trás, ficavam amigos e familiares, mas tínhamos pela frente uma longa aventura. Durante toda a madrugada, percorremos a Espanha de uma ponta à outra, para que no dia 22, pela manhã, pudéssemos pisar em território francês. E assim foi… Até que, no final do dia, pudemos descansar no hotel perto de Marselha.
No dia seguinte, partimos bem cedo com o rumo de chegar à Croácia, mais propriamente, à cidade de Zagreb. Para isso, percorremos o resto do sul de França, o norte de Itália e a Eslovénia. Chegamos, ao final da noite, desse dia a um hostel no centro de Zagreb, tirando o descanso merecido de tão longa viagem.
Na manhã do dia 24, partimos mais para sul da Croácia, em direção aos Lagos de Plitvice. Ao almoço, fomos agraciados por umas tradicionais sandes de presunto que nos encheram de energia para a caminhada aos Lagos na parte da tarde. Deslumbrados pela incrível beleza natural destes lagos, não faltou oportunidades para fotos, momentos de partilha e para algumas recordações do local. À saída dos Lagos de Plitvice, e como era domingo, não pudemos deixar de celebrar uma breve missa, na qual se agradeceu a Deus pela viagem. A viagem continuou… desta vez, rumo a uma cidade à beira-mar, Split. Chegamos a essa já de noite, onde descansamos num hostel.
No dia seguinte, iniciamos a exploração de Split. Depois de passarmos junto à costa marítima da cidade, chegamos à zona histórica e envolvente à Catedral de São Dômnio. É caso para dizer que toda a história dessa região, tanto no interior da Catedral, como nas suas catacumbas, deixou-nos boquiabertos. Almoçamos e, durante a tarde, continuamos a visita à cidade de Split, havendo quem aproveitasse a ocasião para dar um mergulho junto ao Mar Adriático. No final do dia, regressamos ao hostel para mais uma noite de descanso.
Já no dia 26, acordamos cedo e partimos rumo a Dubrovnik, cidade onde foram gravadas várias cenas da célebre série Game of Thrones. Para tal, tivemos de passar a fronteira com a Bósnia e Herzegovina, e ao longo da estrada que margeia o Adriático, ostentando uma mistura extraordinária de montanhas, águas marinhas e arquitetura predominantemente medieval, observamos uma paisagem incrível, até que finalmente chegamos à cidade. Ficamos muito bem hospedados num hotel de 4 estrelas, o Hotel Lero, e começamos a exploração da região. Sem dúvida alguma, o ponto forte de Dubrovnik, para além da região marítima, é a sua zona histórica, nomeadamente as Muralhas e o Forte, lugares turísticos que tivemos oportunidade de conhecer.
No dia 27, iniciamos o regresso a Portugal. Após o dia inteiro de viagem, iniciada em Dubrovnik, conseguimos chegar a Zagreb ao final da tarde, onde tivemos a oportunidade de passear pela cidade e por locais muito conhecidos como a Catedral de Zagreb e a Igreja de São Marcos, sendo esta última construída no século XIII.
No dia seguinte, continuamos a viagem de regresso, onde tivemos a oportunidade de descansar no hotel na região de Marselha, em França. No dia 29, a viagem continuou com destino a Resende. Chegando a Portugal, fomos muito bem servidos num restaurante na região de Bragança, provando novamente a comida portuguesa após tantos dias fora do país. Com o coração saudoso, chegamos depois à nossa vila, onde terminou esta magnífica visita de estudo ao País de princesas e dragões.
Esta viagem não teria sido possível sem o apoio incansável dos alunos, dos professores, da direção da escola e das demais entidades para que a mesma se realizasse. Nem teria sido tão proveitosa sem a cortesia e boa condução dos motoristas Bruno e Filipe que nos acompanharam ao longo de oito dias de viagem. Por fim, um especial agradecimento ao Padre Vasco, o principal organizador da viagem, que tão bem nos instruiu e auxiliou ao longo desta visita.
Agora, restam apenas as saudades, uma palavra tipicamente portuguesa, quando nos referimos a esta viagem e ao sucesso que ela, evidentemente, apresentou.
D.V / Bruno Oliveira, 12.º C