No dia 17 de maio deslocámo-nos à Escola Superior Agrária de Viseu para uma visita de estudo referente aos “Dias Abertos à Comunidade” que esta instituição proporciona, acompanhados pelos professores Maria Salomé Pereira e Luís Dias e a psicóloga Fátima Cardoso.
Quando chegámos, esperava-nos a Eng.ª Maria João Lima, Vice-Presidente da Escola Superior Agrária, que nos recebeu muito bem. Logo de seguida, foi-nos entregue um saco com um caderno, uma caneta, um lápis e um pequeno-almoço.
A visita iniciou-se no laboratório onde testámos o ph de alguns alimentos com couve-flor roxa. Com esta atividade descobrimos que solução de couve-flor roxa é um bom medidor de ph: por exemplo, se juntarmos limão à solução, esta, antes roxa, torna-se rosa, indicador de que o limão é ácido (ph<7), mas se juntarmos leite, a solução fica roxo-clara demostrando que o leite é básico (ph>7). No final de serem testados os alimentos foram-nos dados de comer uns morangos com chocolate muito deliciosos, produzidos na Escola Agrária.
Continuamos a visita aos laboratórios em que se estudavam bactérias e os procedimentos decorrentes para a sua identificação.
De seguida fomos para uma sala com estudantes de enfermagem veterinária e assistimos a uma aula em que a Professora da cadeira falou sobre como é exercer esta profissão, os seus prós e contras. Na sala de cirurgia ao lado, os alunos praticavam o seu conhecimento prático em modelos para aperfeiçoar as suas competências cirúrgicas. Um dos estudantes vestiu uma proteção de chumbo – muito pesada – que se usa para fazer raio-X aos animais e impedir efeitos secundários da radiação, para tirar fotografias connosco. Outros dois estudantes vestiram o equipamento que os cirurgiões usam. Depois de estarem preparados, em termos teóricos, os alunos passam para animais vivos, trazendo os seus animais que precisam ser vacinados. Na Escola Superior Agrária há uma quinta com cerca de 90 ovelhas e cabras, mas também outros animais.
No término da área de veterinária, fizemos uma pausa para tomar o pequeno-almoço, passando depois para a apicultura e o estudo das abelhas.
O instituto tem colmeias de onde se recolhem mel e pólen. O pólen só pode ser recolhido numa semana durante um mês porque é preciso para as abelhas produzirem o mel, mas também o própolis (uma resina) que depois pode ser usada para medicamentos. As abelhas poem os ovos numa espécie de placa com hexágonos maiores (que comportam ovos com machos) e menores (que comportam ovos com fêmeas).
Depois de ficarmos a saber mais um pouco sobre as abelhas, o seu trabalho cooperativo e ciclo de vida, fomos ver um exercício com drones, utilizados para o estudo dos terrenos: vimos um drone pequeno, só com uma câmara, e outro drone mais avançado, de uso exclusivo para a agricultura e exploração agrícola, com seis câmaras, que serve para avaliar a qualidade dos terrenos e perceber do que eles precisam. Um estudante pilotou o drone e explicou-nos todos os procedimentos.
Para terminar a nossa visita, aprendemos a fazer queijo. Para fazer o leite coalhar, usámos cardo, macerado em água e esmagado num almofariz, depois colocámos esse preparado no leite. A formação do queijo é um processo muito demorado (mais de um mês) mas vale a pena o tempo de espera! Foi-nos dada uma pequena quantidade de cardo para tentarmos fazer queijo na nossa escola.
Esta visita foi muito elucidativa e facilitadora de novas aprendizagens num espaço que deverá ser mais vezes visitado, para que todos possam ter conhecimento do que se estuda e investiga na Escola Superior Agrária.
Cristina Cabo, aluna do 9.º D